01/08/2013

DIRETO PARA O FUNDO DO POÇO - PACOTAÇO DA ABRIL FECHA ALFA, LOLA E DEMITE 150


E não é tudo; revista Gloss também sai do mercado; site da Contigo perde autonomia; 150 profissionais do Grupo Abril são demitidos; gestão de Gianca Civita e Fábio Barbosa ainda pode usar novamente o facão; na revista Veja, diz a dupla no comando, "ninguém mexe"; com menos publicações, Novo Edifício Abril fica grande demais; gráfica, subaproveitada; área editorial tem de cortar R$ 100 milhões em despesas; empresa só vai bem no setor educacional, onde já tem mais de 10 colégios particulares; mudança de ramo?



247 – As promessas da gestão de Giancarlo Civita e Fábio Barbosa à frente do Grupo Abril começaram, conforme o anunciado, a serem cumpridas nesta quinta-feira 1. Cerca de 150 profissionais foram demitidos, e o portfolio de revistas, reduzido. Deixam de circular, a partir de agora, segundo anúncio oficial da Abril, as revistas Alfa, considerada para um público de elite, Gloss e Lola, voltadas para meninas adolescentes. A revista Contigo, que deve ter sua administração transferida para o grupo Caras, perdeu seu próprio site, que se integrado a um portal já existente.

Os cortes devem continuar. Pelas contas do presidente do Conselho de Administração, Giancarlo Civita, e do presidente do Grupo, Fábio Barbosa, a área editorial da Abril precisa ter gastos enxugados em R$ 100 milhões ao ano. Eles tiveram dificuldades em fazer as reduções anunciadas agora, em razão de pouca familiaridade com a companhia. Barbosa, no cargo há pouco mais de um ano, tem dito a amigos que vê dificuldades em atuar de maneira autônoma em razão da presença de Gianca e seu irmão Titi Civita, filhos do herdeiro Roberto Civita, morto este ano.

Gianca, por seu lado, nunca foi próximo do dia a dia da empresa, tendo ocupado apenas altos cargos decorativos quando seu pai comandava o negócio. O ex-diretor Jairo Leal, casado com Roberta Civita, a terceira herdeira, e considerado o melhor quadro administrativo da companhia, está afastado. O principal conselheiro de Roberto Civita, o vice-presidente Thomás Souto Corrêa, igualmente está fora do círculo de tomada de decisões.

Havia a decisão, entre Gianca e Barbosa, de fechar a também deficitária revista Playboy, mas ambos descobriram, ao examinar detidamente o caso, que a multa recisória junto à franquia americana era muito alta. Não há garantia de que novas demissões deixem de ocorrer. O facão está afiado na Editora Abril.

Fechar revistas e demitir profissionais, no entanto, têm efeitos colaterais negativos na vida da empresa. O corte no portfolio de 52 publicações de periodicidade regular, ao tempo da gestão de Roberto Civita, pode tornar grande demais para a empresa o Novo Edifício Abril - portentoso prédio, em São Paulo, pelo qual a companhia paga, de aluguel, US$ 1 milhão mensais, conforme comentários de mercado. Além disso, a gráfica da empresa passa a ficar subaproveitada, o que significa mais custos.

Esquerda Censurada - @riltonsp  

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